10 agosto, 2014
35 - O XALE - O RETORNO AO LAR
Existem pessoas, pelo mundo afora, que já devem ter ouvido esta expressão:
" O lar fica ali onde está o coração " .
Os grupos nômades de Nativos tinham consciência de que, cada vez que levantavam acampamento e se mudavam par outro local, o seu lar se mudava junto com eles. O lar não era constituído somente pelas residências móveis ou pelos pertences do Povo Tribal, mas, acima de tudo, representava a ligação com a Mãe Terra e o relacionamento entre as pessoas da Tribo.
O Lar de qualquer cigano, nômade ou viajante, vive dentro do coração dos entes queridos que representam segurança e proteção onde quer que o viajante esteja.
Quando tomamos o Xale, aprendemos que a Mãe Terra ama todos os seus filhos e acolhe aqueles que voltam para casa, por mais desobedientes que tenham sido. Nós não estamos aqui somente para curar a Mãe Terra; ela é capaz de se curar sozinha. Estamos aqui para nos curarmos e assim podermos descobrir qual o nosso papel na Criação.
No dia de hoje, voce está convidado a voltar para casa. Se voce se esqueceu de voce mesmo recentemente, chegou o momento de recordar sua essencia e seu potencial. Se voce penetrou num atalho tortuoso ao julgar outros, chegou a hora de retornar ao Lar do coração amoroso e reconhecer o valor existente em todas as lições e em todas as estradas percorridas.
Talvez voce esteja voltando para casa, ou seja, para o encanto e a magia com que conviveu no passado, ou então para um novo estado de euforia e felicidade.
Em todo caso, voce está retornando a um modo de ser que já fez parte de seu passado, e que ficou esquecido por um longo tempo. Todo mundo sente a necessidade de buscar a forma mais simples de viver feliz.
Se voce se esqueceu de buscar aquelas verdades tao simples e que já lhe trouxeram tanta alegria interior, está na hora de voltar para casa.
Vestir o Xale é voltar para casa, para os braços da Mãe Terra; é voltar a ser amado. Tome seu Xale e sinta também a responsabilidade
de amar os outros, de amar aqueles que se esqueceram de trilhar o Caminho Sagrado, que não encontraram ainda o Caminho de volta ao Lar.
By Vera Tanka
Xamanismo, O Sagrado Comprado
Esse texto é uma reflexão sobre a minha escolha do xamanismo como filosofia de vida. Inspirada em uma discussão na comunidade Xamanismo do Gazzag sobre o que foi denominado "cultura dos xamãs de plástico" que são os workshops, vivencias e viagens iniciaticas carissimas conduzidas por pessoas que se denominam Xamãs alguns até portando diploma!! E sobre aqueles que estao em busca do real conhecimento e nao acreditam que seja preciso pagar para ter acesso a sabedoria universal
.
Ao optar pelo xamanismo não quer dizer que escolhi viver como os nativos norte-americanos, como a tradição tolteca ou como os índios no Xingu. Também não quer dizer que precise tomar ayahuasca ou peiote para entrar em estados alterados de consciências.
Segundo Nelson Neraiel: "Xamanismo é a capacidade natural humana de entrar em contato com outras realidades, outros reinos de consciência como, por exemplo, a consciência das plantas, dos animais e das forças da natureza." O termo xamã é originário da Sibéria não sendo uma exclusividade da cultura nativa norte-americana e significa aquele que tem o conhecimento, o que conhece segredo, o que detém o poder de visitar outros mundos.
Xamanismo para mim é liberdade. É apenas atender ao chamado e ficar atenta ao caminho, apreendendo tudo que surge de forma simbólica. É a possibilidade de poder praticar a minha espiritualidade porque ainda necessito dessa vivencia física do espiritual. É estar em contato com as forças da natureza, com os elementos, com os animais e torná-los meus aliados para que eu vivencie o caminho da beleza, mas sem nenhuma pretensão de tornar-me Xamã.
Como diz, Guillermo Marin sobre os ensinamentos de D. Juan: "Transformar a forma de vida e fazê-la um exercício de estratégia através da redução da importância pessoal por meio de uma vida austera, sóbria e impecável deve ser a meta suprema para uma pessoa que trate de aprender a milenar sabedoria. Aprender a ser humilde e entender que nunca seremos "guerreiros", mas atuar como se não o soubéssemos e esforçando-se até o último instante de vida."
Para isso não necessito de xamãs, gurus, guias ou mestres. Pois todas essas representações de poder espiritual são projeções do que já tenho internamente, do meu "self". Não preciso de um templo, pois o templo do xamã é a natureza, é o jardim da minha casa, a praia, é o lugar onde me sinto conectada com a natureza.
Ainda Marin diz: "Os ensinamentos de Don Juan, a Toltecáyotl e a obra de Castaneda, nos podem ajudar a retomar antigos valores, princípios e conhecimentos para sermos "melhores seres humanos", para forjarmos "um rosto próprio e um coração verdadeiro" como diziam os Velhos Avós no Calmécac ou no Telpochcalli aos estudantes. O mundo "esquisotérico" do nagual e dos alucinógenos é somente uma porta falsa, um despenhadeiro inútil. "
Bem como, achar que participar de praticas xamânicas com este ou aquele poderoso Xamã estará por isso vivenciando o "verdadeiro" xamanismo. A fogueira das vaidades está em todo lugar e não existe quem seja colocado no lugar de poder que não esteja tentado a agir de forma superior e arrogante. Como eu ouvi de uma amiga comentando sobre um Xamã "a força espiritual dele é muito forte bem como a sua sombra". E esta sombra pode nos engolir se nos colocarmos numa posição de submissão e aceitação sem reflexao critica dos ensinamentos passado por uma pessoa que em alguma instancia tem um maior conhecimento que nós, mas que nem por isso é pior ou melhor, são apenas humanas.
Ao escrever e descrever os meus sentimentos acerca da minha pratica espiritual que denomino xamânica, me dei conta de que não preciso estar presa a uma tradição, que não preciso pagar pela pelo conhecimento que ele está aqui a minha disposição. E como o chamado veio, a sabedoria vem e o entendimento chega para aqueles que foram escolhidos. Para os que não perceberam a essência do caminho da beleza, sobra o ritual teatral, a reprodução de conceitos vazios, o mal uso das plantas sagradas e os "Xamãs de Plástico".
Escrevi esse texto em 04/11/204 e continuo comungando dos mesmos pensamentos.
http://pachamama.blogger.com.br/
TODAY IS A GOOD DAY FOR DIE
TODAY IS A GOOD DAY FOR DIE
Se você quer ser um bom universitário, mate dentro de você o secundarista aéreo que acha que ainda tem muito tempo pela frente.
Quer ter um bom relacionamento então mate dentro de você o jovem inseguro ou ciumento ou o solteiro solto que pensa poder fazer planos sozinhos, sem ter que dividir espaços, projetos e tempo com mais ninguém.
Enfim, todo processo de evolução exige que matemos o nosso "eu" passado, inferior.
E, qual o risco de não agirmos assim? O risco está em tentarmos ser duas pessoas ao mesmo tempo, perdendo o nosso foco, comprometendo nossa produtividade e, por fim, prejudicando nosso sucesso.
Muitas pessoas não evoluem porque ficam se agarrando ao que eram, não se projetam para o que serão ou desejam ser.
Elas querem a nova etapa, sem abrir mão da forma como pensavam ou como agiam.
Acabam se transformando em projetos inacabados, híbridos, adultos "infantilizados".
Podemos até agir, às vezes, como meninos, de tal forma que não matemos virtudes de criança que também são necessárias a nós, adultos, como: brincadeira, sorriso fácil, vitalidade, criatividade etc. Mas, se quisermos ser adultos, devemos necessariamente matar pensamentos infantis, para passarmos a pensar como adultos.
Quer ser alguém (líder, profissional, pai ou mãe, cidadão ou cidadã, amigo ou amiga) melhor e mais evoluído?
Então, o que você precisa matar em si ainda hoje para que nasça o ser que você tanto deseja ser?
Pense nisso e morra!
Mas, não esqueça de nascer melhor ainda! Pois SER é NASCER continuamente!
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