25 janeiro, 2018

Ritual da Tucandeira e a coragem da mulher



Segundo a antropóloga kalinda Felix, "a figura da mulher aparece como importante na história do guaraná, o mito de origem da etnia Sateré-Mawé, pois a mulher é a que sabe fazer os remédios, conhece as plantas medicinais, sabe rezar.
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No Ritual da Tucandeira, eles se referem à formiga como sendo 'a nossa mulher’, aquela que nos vacina, que nos livra das doenças, a tucandeira como uma figura feminina. Nesse sentido, a mulher Sateré-Mawé é valorizada pois ela é a guardiã desses segredos." .



Em 2009,aos 15 anos, Leiciane Costa, na língua sateré-mawé é Atwãma, quebrou uma tradição e tornou-se a primeira mulher a participar do Ritual da Tucandeira, uma iniciação para a vida adulta até então exclusivamente masculina.

Durante o ritual, os rapazes (e agora, moça) colocam as mãos em uma luva de palha cheia de formigas de ferrão venenoso e muito doloroso. "Decidi participar para mostrar que as mulheres são tão corajosas quanto os homens. Mostrar que nós também podemos ser guerreiras.Ao participar do ritual, também busco ter mais saúde e coragem", disse Atwãma, como prefere ser chamada.


A emoção com a entrada da moça no centro do barracão onde é realizado o ritual estava estampada nos rostos dos presentes, sobretudo no das mulheres.
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Fonte: site Povos Indígenas no Brasil

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