21 abril, 2012



Oração á Grande Mãe (Xamânica) 



Mãe Nossa, que estais no céu, na terra e em toda a parte,
Bendita seja a Tua beleza e a Tua abundância,
Traz aos nossos corações a chave que abre o portal do amor,
Que cada um de nós possa respeitar os caminhos de todos os seres
E o exercício do perdão faça parte de nossa existência
Que possamos acolher em nossa mesa aqueles
que querem partilhar conosco o alimento sagrado.
Mãe Nossa, que estais no céu, na terra e em toda a parte,
Que o Propósito maior guie os nossos passos,
E que a batida dos nossos corações possa se unir ao toque do coração da terra
E assim possamos pulsar em um só ritmo.
Que as estrelas nos guiem nas noites escuras
E que o sol brilhe intensamente em nossos corpos,

Hey Grande Espírito,
Hey Grande Mãe,
Hey Xamã.

06 abril, 2012

Páscoa, Pessach, Ostara




Falar de rituais cristãos sempre me lembra das festas pagãs, pois para o cristianismo avançar, ter mais adeptos e acabar com o paganismo, os rituais antigos foram substituídos pelas festas cristãs. Ao mesmo tempo, isso facilitava que os pagãos continuassem praticando seus rituais.

A Páscoa é uma das maiores celebrações do cristianismo que também mantém elementos pagãos na sua comemoração. O Equinócio da Primavera foi cristianizado pela Igreja na Páscoa, que celebra a ressurreição de Jesus Cristo. A Páscoa em inglês "Easter", nome derivado da deidade saxônica da fertilidade, Eostre. Era comemorada entre povos europeus há milhares de anos, durante o mês de março, para celebrar a mudança da estação: do inverno para a primavera.

O começo da primavera tinha uma importância especial para as populações antigas que habitavam regiões de inverno rigoroso, pois representava maiores chances de sobrevivência e de produção de alimentos. Como os índices de mortalidade durante o período frio do ano eram altíssimos na Europa antiga, os símbolos que hoje adotamos, como o coelhinho e os ovos doces, surgiam como representantes de vida nova.

A lebre era um símbolo de renascimento e ressurreição, sendo animal sagrado para várias deusas lunares, tanto na cultura oriental como na ocidental, incluindo a deusa Ostara, cujo animal era o coelho. A primeira e mais preservada prática de Ostara e a decoração dos ovos. O ovo simboliza a fertilidade da Deusa e do Deus, o simbolo de toda criação. Ao decora-los, estamos carregando-os como objetos mágicos, de acordo com as cores utilizadas. Outra tradição é esconder os ovos, e acha-los simboliza que a pessoa alcançará suas metas. Fazia parte dos hábitos dos persas, romanos, judeus e armênios oferecer ovos coloridos nessa época.

Até hoje, o Domingo de Páscoa é determinado pelo antigo sistema do calendário lunar, que estabelece o dia santo no primeiro domingo após a primeira lua cheia, no ou após o Equinócio da Primavera. (Formalmente isso marca a fase da "gravidez" da Deusa Tríplice, atravessando a estação fértil.).

O nome Páscoa deriva do hebraico Pessach, a festa judaica à qual está intimamente ligado, e que representa passagem: comemoração para os judeus era a superação da escravatura no Egito, com a conquista da liberdade da terra prometida, que foi feita com a travessia do Mar Vermelho liderada por Moisés.


Então, mais do que dar e receber ovos de Páscoa, esse é um momento para abrir mão do que nos aprisiona, celebrar a liberdade e renascer para uma vida mais fértil em todos os sentidos. É a possibilidade de recomeçar!